Cuidado com os aerossóis transmissores de doenças nos banheiros, "camiseta sem mangas repleta de tecnologia" lançada ao espaço

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Não se demore depois de usar um banheiro público é o conselho de pesquisadores da Florida Atlantic University (FAU), que fizeram um estudo abrangente sobre como os aerossóis com potencial para transmitir doenças são criados e dispersos pelas descargas de vasos sanitários e mictórios. Sidarta Verma e colegas estudaram três cenários – descarga de vasos sanitários, descarga de vasos sanitários cobertos e descarga de mictórios – em um banheiro público de médio porte no campus da FAU.

“Após cerca de três horas de testes envolvendo mais de 100 descargas, encontramos um aumento substancial nos níveis medidos de aerossóis no ambiente, com o número total de gotículas geradas em cada teste de descarga variando até dezenas de milhares”, relata Verma.

“Tanto o vaso sanitário quanto o urinol geraram grandes quantidades de gotículas menores que 3 mícrons de tamanho, representando um risco significativo de transmissão se contiverem microorganismos infecciosos. Devido ao seu pequeno tamanho, essas gotículas podem permanecer suspensas [no ar] por muito tempo”, acrescenta.

Tampa faz pouca diferença

A equipe detectou gotículas a uma altura de 1.5 m acima de um vaso sanitário ou mictório (altura do rosto para muitas pessoas) e descobriu que as gotículas persistiam nessa altura por mais de 20 segundos após a descarga. Infelizmente, fechar a tampa da sanita antes de dar descarga não resultou numa redução significativa no número de partículas detectadas – o que sugere que as partículas de aerossol podem escapar facilmente através das aberturas à volta do assento e da tampa.

A acumulação observada de aerossóis ao longo do tempo sugere que a ventilação naquela instalação específica não era adequada. “O estudo sugere que a incorporação de ventilação adequada na concepção e operação de espaços públicos ajudaria a prevenir a acumulação de aerossóis em áreas de elevada ocupação, como casas de banho públicas”, afirma Manhar Dhanak, membro da equipa.

A equipe descreve seu trabalho em Física dos Fluidos e eles fizeram o vídeo acima para mostrar como os aerossóis se acumulam após uma descarga.

Foto de um astronauta vestindo uma camisa do Bio-Monitor

O que vestir enquanto flutua pela Estação Espacial Internacional (ISS)? Que tal uma “regata cheia de tecnologia” – que o astronauta canadense David Saint-Jacques modelos nesta foto?

A camisa Bio-Monitor foi criada para a Agência Espacial Canadense pela empresa com sede em Montreal Carré Technologies, que produz sensores vestíveis. Saint-Jacques e outros astronautas ajudaram pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Envelhecimento da Universidade Schlegel de Waterloo a avaliar o desempenho da camisa em 2019 e agora os resultados foram divulgados.

“A camisa Bio-Monitor permite medições diretas simultâneas e contínuas da frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação de oxigênio no sangue, atividade física e temperatura da pele, além de fornecer uma estimativa contínua da pressão arterial sistólica”, explica Carmelo Mastrandrea, de Waterloo.

Segundo Mastrandrea, a camisa elimina a necessidade de os astronautas interromperem o que estão fazendo para fazer as medições em intervalos regulares. Isso também significa que os astronautas podem ser monitorados enquanto realizam uma série de atividades. A tripulação também usou as camisas na Terra antes de ir para o espaço e os pesquisadores conseguiram confirmar que os astronautas experimentam uma grande redução na atividade física quando estão no espaço. E se os astronautas continuarem a usar a camisa depois de retornarem à Terra, isso poderá fornecer um alerta precoce sobre quaisquer problemas que eles tenham na readaptação à gravidade na Terra.

Você não precisa ser astronauta para ter uma camiseta do Bio-Monitor – elas estão disponíveis ao público e podem ser usadas para monitorar o desempenho esportivo e a saúde.

Mastrandrea descreve a pesquisa em um cartaz na recente conferência Experimental Biology 2021.

Fonte: https://physicsworld.com/a/beware-of-disease-carrying-aerosols-in-toilets-technology-packed-tank-top-launched-into-space/

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