O governo da Venezuela está agora focando sua ação na tentativa de estabelecer o bolívar como moeda de referência para compras no país. Segundo vários economistas, essa pode ser uma aposta arriscada em um país que acabou de sair da hiperinflação e ainda sofre com altos níveis de inflação. No entanto, o estabelecimento de um imposto de 3% visando despesas em moeda estrangeira e cripto está surtindo alguns efeitos nesse sentido.
Venezuela busca fortalecer sua moeda fiduciária
Depois de ter a dolarização de fato, que o presidente do país chamou de “válvula de escape” da crise econômica que a Venezuela enfrentou há cinco anos, agora o país busca estabelecer sua moeda fiduciária, o bolívar, como uma opção interessante para pagamentos. Um novo imposto chamado IGTF, que visa tributar transações e pagamentos feitos em dólares, moeda estrangeira e cripto em 3% em alguns casos, parece direcionado para ajudar a atingir esse objetivo.
No entanto, talvez ainda não seja o momento para tais ajustes, agora que a Venezuela está apenas saindo de um período de hiperinflação que também foi combinado com a desvalorização de sua moeda fiduciária, que teve que ser redenominado um par de vezes. Asdrubal Oliveros, economista nacional que administra a Ecoanalitica, uma empresa de consultoria, Declarado:
É uma aposta arriscada, com mau timing, porque a recuperação é muito fraca e a economia ainda sofre com a inflação crônica, não a hiperinflação, mas a inflação crônica. É muito alto para restaurar a confiança na moeda de um dia para o outro.
Desdolarização em andamento
No entanto, a medida parece ter um efeito real sobre os padrões de gastos dos venezuelanos. De acordo com números apresentados pela superintendência bancária, o uso da moeda fiduciária nacional apresentou um aumento após a apresentação do imposto e a sua aplicação. Os números mostram que as transações digitais em moeda local aumentaram 21% e os pagamentos por débito, 22%.
A utilização do bolívar vem aumentando constantemente desde 2021, quando 70% das compras foram feitas com dólares ou pesos colombianos. Pesquisas da Ecoanalitica agora mostram que o bolívar e outros meios de pagamento superam o dólar, que agora está sendo usado apenas em 44.7% das transações comerciais no país. Isso se deve em parte à intervenção do banco central do país para estabilizar a moeda fiduciária, cuja volatilidade se estabilizou em relação ao dólar este ano.
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- Fonte: https://news.bitcoin.com/venezuela-bets-on-dedollarization-after-foreign-currency-and-crypto-tax-is-applied/
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